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Erros comuns a evitar na manutenção de aeronaves

Erros comuns a evitar na manutenção de aeronaves

Na aviação, pequenos desvios viram grandes problemas. Evitar erros recorrentes — de torque a rastreabilidade, de documentação a FOD — significa mais segurança, menos retrabalho e TAT previsível.

O que está em jogo

Confiabilidade não nasce do acaso: ela é resultado de processo, disciplina técnica e documentação impecável. Abaixo, os deslizes mais frequentes que encontramos no hangar e em campo — e como preveni-los.

Procedimento + registro + verificação: o tripé que separa manutenção boa de manutenção excelente.
Equipe ABA – Engenharia de Manutenção

10 erros que custam caro (e como evitar)

1) Ignorar o AMM/IPC e boletins aplicáveis. “Conhecimento de memória” substituindo o procedimento oficial.

  • Trabalhe sempre com task card emitido; valide revisão/efetividade antes de iniciar.

2) Torque incorreto & sem rastreio. Uso de valores genéricos, sem sequência ou sem evidência de aplicação.

  • Siga tabela/ordem de torque; registre lote/calibração da ferramenta; independent inspection quando requerido.

3) Rastreabilidade de peças incompleta. Peças sem PN/SN, COCs/CFRs ausentes, origem duvidosa.

  • Somente fornecedores homologados; anexe documentos ao job; atualize vida (TSN/CSN).

4) Contaminação de fluidos. Mistura de especificações, funis/recipientes inadequados, tampas abertas em área suja.

  • “One fluid, one funnel”; recipientes limpos e identificados; filtros e prazos respeitados.

5) FOD & tool control fracos. Ferramenta não contabilizada, rebites/periféricos soltos, proteção de entradas ausente.

  • Tool board com contagem; varredura FOD por etapa; tampas/plugues em entradas e linhas.

6) Configuração incorreta pós-serviço. Conectores, safety wires, alinhamentos e riggings sem dupla checagem funcional.

  • Functional checks conforme AMM; inspeção independente onde exigido.

7) Falhas de documentação. Job cards incompletos, assinaturas faltantes, tempos e itens de inspeção não lançados.

  • “Do task, record task”: lance tempos, PN/SN, valores críticos e assinaturas no ato.

8) Proteções climáticas negligenciadas. Sem capas ou CPC em ambiente salino/úmido; água em porões/pitot-estático.

  • Lavagem água doce, CPC conforme AMM, teste pitot-estático pós-chuva severa.

9) Baterias & elétricos mal geridos. SOC/temperatura ignorados, equalização fora do padrão, conexões frouxas.

  • Procedimentos do fabricante; logs de ciclo/temperatura; torque e inspeção de bornes.

10) Gestão de AD/SB e limites de tempo. Controles paralelos, planilhas desatualizadas, cálculo de vencimento errado.

  • Sistema único de controle; alarmes por horas/ciclos/calendário; revisão em cada check-in.
Controle de ferramentas e FOD
Sequência de torque conforme AMM

Prevenção sistêmica

  • Planejamento: task cards com referências AMM/IPC e boletins; escopo fechado/condicional.
  • Qualidade: auditorias internas, NCs tratadas, lições aprendidas e read across.
  • Pessoas: qualificação por tarefa, briefing de riscos e fatores humanos (fadiga/turno).
  • Ferramental: calibração vigente, kits por job, controle de empréstimos.
  • Comunicação: marcos de aprovação, relatórios de status, gestão de desvios.

Red flags no hangar

  • “A gente sempre fez assim” em lugar de abrir o AMM.
  • Área suja, objetos soltos e ausência de tampas/flags visíveis.
  • Ferramentas sem rastreio/calibração; kits incompletos.
  • Registros atrasados e orçamentos sem discriminação.
  • Resistência a inspeção independente ou auditoria.

Este conteúdo é informativo. Sempre siga AMM/IPC e publicações do fabricante, além dos requisitos regulatórios aplicáveis.

Equipe ABA
ABA Manutenção de Aeronaves

Engenharia de manutenção centrada em segurança, disponibilidade e valor do ativo. Conteúdo técnico feito por quem executa no hangar e na operação.