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Como o clima pode impactar a manutenção de aeronaves

Como o clima pode impactar a manutenção de aeronaves

Clima não é apenas contexto operacional — é variável de engenharia. Temperatura, umidade, poeira, salinidade e tempestades reconfiguram riscos de corrosão, ingressos de água, envelhecimento de materiais e até o ritmo do seu plano de manutenção.

Por que importa

O ciclo de vida da aeronave acompanha o ambiente. Calor acelera elastômeros e eletrônicos; umidade/salinidade catalisam corrosão; poeira eleva desgaste; descargas elétricas exigem inspeções estruturais e de bonding. Ajuste intervalos, priorize inspeções e decida entre hangaragem, lavagens e inibidores de corrosão.

Manter disponibilidade no clima certo é estratégia; mantê-la no clima adverso é engenharia de manutenção bem executada.
Equipe ABA – Engenharia de Manutenção

Clima × efeitos

1) Calor intenso. Degrada O-rings, selantes e chicotes, estressa aviônicos e encurta a vida de baterias; altera viscosidade de fluidos.

  • Inspecione elastômeros/cablagem e cooling de aviônicos; monitore state of charge; respeite limites do AMM e use ground cooling quando aplicável.

2) Frio & amplitude térmica. Condensação ao aquecer, fragilidade de plásticos/borrachas e queda na aceitação de carga; variação térmica afeta vedação e torque retention.

  • Pré-aquecimento de motor; inspecione vedações/canoplas; seque aviônicos; corrija pressão de pneus por temperatura.

3) Umidade, chuva e salinidade. Catalisadores de corrosão em ligas e conectores; água em pitot-estático, carenagens, freios e porões.

  • Lave com água doce após ambiente salino; aplique CPC conforme AMM; checar drenos/respiros; drenar sump; testar pitot-estático pós-chuva severa.

4) Poeira, areia e FOD. Erosão em bordos/pás/hélices; filtros saturam rápido; vedações sofrem abrasão.

  • Inspeções visuais, compressor wash, encurtar intervalos de filtros, proteções de entrada em solo e disciplina FOD.

5) Trovoadas, granizo e raios. Risco de lightning strike, danos a radome, compósitos e bonding.

  • Mantenha static wicks; verifique continuidade elétrica/bonding; siga procedimento pós-evento do fabricante.

6) Radiação UV. Fotodegrada pintura, policarbonatos e selantes.

  • Hangarar sempre que possível; capas; inspecionar crazing; retoques de pintura e substituições preventivas.
Inspeção de corrosão após operação úmida
Controle de poeira/FOD em pista não pavimentada

Do clima ao calendário

Planos só em horas/calendário ignoram severidade ambiental. Ajuste rotinas conforme a estação e a base operacional.

  • Estação chuvosa: corrosão, drenos, pitot-estático, freios, conectores, água no combustível.
  • Estação seca: poeira/FOD, filtros ar/combustível, erosão de pás, trocadores de calor.
  • Operação costeira: lavagem doce pós-voo, porões, continuidade de bonding, CPC.

Boas práticas

  • Clima no MEL: classifique bases/rotas por risco ambiental.
  • Registre eventos: chuva extrema, poeira intensa, raio suspeito ⇒ snags e inspeções direcionadas.
  • Materiais corretos: lubrificantes, selantes e CPC aprovados e adequados ao ambiente.
  • Hangaragem inteligente: controle de umidade, ventilação e limpeza.

Conteúdo informativo. Sempre siga AMM/IPC e boletins do fabricante aplicáveis.

Equipe ABA
ABA Manutenção de Aeronaves

Engenharia de manutenção centrada em segurança, disponibilidade e valor do ativo. Conteúdo técnico feito por quem executa no hangar e na operação.